2 de mar. de 2018

A Forma da água (2017)


O maior número de indicações ao Oscar 2018 ‘A Forma da água’, é um conto de fadas, que nenhuma criança pode assistir.

A Forma da água

Na história conhecemos uma criatura capturada de seu habitat natural pelo governo dos EUA, e estudada com métodos nem um pouco ortodoxo. Em sua “prisão” no laboratório onde vive em cativeiro a criatura conhece Elisa, uma mulher muda que trabalha como zeladora no laboratório. Logo os dois se envolvem emocionalmente.

A Bela e a fera das águas é o mais novo filme do diretor Guillermo Del Toro. O diretor entrega um filme impecável para quem assiste. Todas as cenas são lindas. As cenas que envolvem a água, principalmente. E as que são filmadas submersas, são maravilhosos, a fotografia deixa o filme belo. 

O roteiro é rápido, as coisas acontecem com muita agilidade. Cenas que eu achava que iria ser o ato final, já tinham sido concluídas na primeira metade do filme. 

Também no elenco, a atriz Octavia Spencer de ‘Estrelas além do tempo’ e ‘Histórias cruzadas’, concorre ao Oscar 2018 como atriz coadjuvante. 

A atriz Sally Hawkins que interpreta a zeladora Elisa, é uma atriz multifacetada, pega o roteiro do filme e vive ele de forma (mais uma vez) impecável. Seria uma injustiça, ela não levar o prêmio de melhor atriz no Oscar 2018.

1 de mar. de 2018

Me chame pelo seu nome (2017)


Me chame pelo seu nome
...
É um filme lindo. 

Elio é um jovem que está passando o verão com seus pais na Itália do ano de 1983. Seu pai então convida Oliver, um amigo, para os dois trabalharem juntos em um projeto. A partir daí Elio e Oliver criam uma amizade muito forte que leva a um romance. 

Um romance gay que foge de todos os preceitos criados para um romance gay. 

ALERTA SPOILER

Geralmente em temáticas de filme gay, esperamos o preconceito surgir a qualquer momento. A violência. O personagem não se assumir. E nesse filme é diferente.

Temos uma família que sabe da condição do filho, Elio, e imaginamos que daí vem o preconceito, julgamento. E não, levamos uma tapa ao saber que a família entende e dar suporte ao sentimento do filho. 

Outra diferença desse filme para outros da mesma temática, é que ele não é carnal, é um romance, não vemos cenas quentes ou explicitas entre os dois personagens, mas sim, certa delicadeza ao mostrar o relacionamento dos dois em tela.   

‘Me chame pelo seu nome’ é um filme delicado, que ao final, faz nosso coração apertar e ficamos com vontade de ir abraçar o protagonista. 

27 de fev. de 2018

Corra! (2017)


Alguns amigos meus gostaram, outros não, ou não entenderam a proposta do filme, mas Corra! É um suspense/terror, FODA! 

Sabe aquele clima que fica em alguns filmes de suspense/terror em que a gente sabe que vai acontecer alguma coisa, porém não sabemos o momento. Geralmente a gente descobre se vai acontecer alguma coisa ou não quando a trilha de suspense é diminuída no filme. Mas em Corra! É diferente, a tensão fica e a gente se afunda na cadeira tentando descobrir o que vai acontecer com música ou sem música e até em momentos que nem imaginamos um susto. 

O filme é de terror, mas fala de racismo, aquele racismo que está enraizado em algumas pessoas. E a temática racismo é um ponto e assunto importante para se debater nos EUA. Sempre. A história do filme é a seguinte Chris  interpretado por Daniel Kaluuya é um jovem afro-americano que visita a propriedade da família de sua namorada. A princípio, Chris vê o comportamento exageradamente hospitaleiro da família como uma tentativa desajeitada de lidar com a relação interracial da filha, mas, no decorrer do final de semana, uma série de descobertas perturbadoras o levam a uma verdade que ele nunca poderia imaginar. Bem, assisti ao filme há alguns meses atrás, mas só escrevi sobre ele hoje, se ele não estiver no cinema, logo, logo ele estará em algum streaming por aqui. Então assista, reflita, tente trazer a temática do filme para o que acontece na sociedade atual, na realidade e veja que nossa cultura não mudou quase nada.

26 de fev. de 2018

Quando nos conhecemos (2018)



Sabe aquele filme besta que nós assistimos no dublado quando estamos de ressaca e com preguiça de ler a legenda? Pronto! Esse é o novo filme original Netflix, ‘Quando nos Conhecemos’. 


O filme conta a história de Noah, que com uma cabine fotográfica que vira maquina do tempo ou fonte dos desejos, volta no tempo e revive repetidamente à noite em que conheceu Avery, até então o amor da sua vida, e com isso ele tenta concertar as coisas erradas que fez, para reconquistar o coração dela.

Esse é daqueles tipos de filme, como, ‘Sexta-feira muito louca’, ‘Sorte no amor’ em que você coloca sem pretensão, e que no final passa uma mensagem bem simples e sem muitas voltas. 

E eu não to dizendo que o filme é ruim, ele é bom, assistam, sem fazer nada em casa, preguiça... Um filme típico de sessão da tarde. ‘Quando nos conhecemos’ é um filme, como diria MC Loma... “bem basiquinho”.

23 de fev. de 2018

Lady Bird: A Hora de Voar (2017)


Lady Bird é uma adolescente como eu ou você já foi um dia. Uma menina com as ideias maiores do que a cidade em que ela vive, tendo que crescer e conviver com as adversidades da vida na adolescência. 

A relação familiar é muito bem explorada no filme, principalmente a relação da protagonista, Lady Bird, com sua mãe. 

No elenco temos a atriz Saoirse Ronan que já concorreu ao Oscar por ‘Brooklyn’. 

Com um ritmo rápido, as cenas do filme duram no máximo dois minutos fazendo com que ele se torne mais ágil e não canse quem ta assistindo. 

Uma mãe super protetora, a luta para entrar na universidade, a virgindade, o pai desempregado, o primeiro namorado, as verdadeiras amizades, ‘Lady Bird: A Hora de Voar’ parece ser um filme simples e com um enredo como qualquer outro, mas não, com o elenco afiado, aliado ao jeito ágil de direção e edição, com o humor às vezes ácido do roteiro, tornam o filme super prazeroso de ser assistido.

22 de fev. de 2018

Pantera Negra (2018)


No novo filme da MARVEL temos T’Challa, o Pantera Negra, tendo que assumir o trono e se tornar rei de Wakanda após a morte do seu pai, mostrada nos acontecimentos do filme ‘Capitão America: Guerra Civil’.  

‘Pantera Negra’ consegue levar o universo cinematográfico da MARVEL a um patamar mais maduro e mais político, diferente da maioria dos seus filmes. Apesar de ser um universo de heróis, o filme consegue explorar, e bem, alguns assuntos como a diversidade e preconceito.

Estamos acostumados a assistir aos filmes do universo com um toque de humor, mas em ‘Pantera Negra’ o humor é muito sutil e fica em lugares que conseguimos entender porque a piada que foi encaixada no roteiro.

No elenco temos Lupita Nyong’o, de ‘12 Anos de Escravidão’ e dos últimos ‘Star Wars’ e Danai Gurira, de ‘The Walking Dead‘. Esse elenco feminino deixa o filme mais poderoso do que ele já é. 

Agora, o Pantera Negra que me desculpe, mas quem roubou a cena no último lançamento da MARVEL foi Wakanda.

O Reino do ‘Pantera Negra’ é a parte mais humana e mais rica culturalmente que nós, os fãs do universo cinematográfico da MARVEL, vamos ver até hoje.

21 de fev. de 2018

Três anúncios para um crime (2017)


“Três anúncios para um crime” é a historia de uma mãe que diante do descaso da policia em achar o assassino da sua filha resolve de uma forma curiosa, chamar a atenção de todos para o caso ser resolvido. 

Um filme denso, “Três anúncios para um crime” passeia por alguns gêneros, entre eles, o policial e o drama. Apesar disso, a carga dramática do filme quase sempre é quebrada pelo toque de humor que o roteirista/diretor explorou no filme. Com menos de duas horas de duração, o filme mostra personagens que de tão bem escritos e interpretados você tem a sensação de que a historia foi baseada em fatos reais. 

No elenco temos Frances McDormand interpretando a mãe à procura de justiça, temos também os atores Woody Harrelson de Jogos Vorazes e Truque de mestre e Peter Dinklage de Game of Thrones. O filme mostra que os personagens estão em constante evolução e mudança e que ninguém pertence a um lado, bom ou ruim, todos os personagens são humanos com seus erros e acertos. 

22 de jun. de 2017

Conversa com Bial (T1 - 2017)


A conversa com Bial flui bem, realmente é uma conversa como se ele estivesse na mesa de minha casa tomando um café e comendo um bolo. Pelo programa de Bial já passou nomes de peso da cultura brasileira, Gilberto Gil, Rita Lee, Elza Soares... As conversas sempre bem leves e descontraídas. Conversa com Bial é realmente uma conversa. Bial é um jornalista formidável e como qualquer outro, ele sabe até onde a conversa vai e até onde ele pode se aprofundar nela. Sem querer fazer comparações, mas já fazendo. Antes de tudo quero dizer aqui que eu amava o Programa do Jô, não só eu, acho que todo o Brasil, por isso ele fez sucesso por tantos e longos anos, mas queria deixar aqui uma observação do diferencial entre o Jô entrevistador e o Bial entrevistador. 

Os dois são maravilhosos no que fazem, mas sentimos a diferença entre um e outro pelo fato de Bial tocar em assuntos em que eu nunca vi Jô falar ou se quer seguir pela mesma linha.  Jô sempre arrancava o que tinha de engraçado no convidado e fazia daquilo a base da entrevista (tirando às vezes em que ele falou sério como no quadro as meninas do Jô), mas claro que isso se deve a veia dele de humorista é como o Bial no BBB ele levou o tom sério e jornalístico para apresentar um reality show, e nós nos viciamos tanto nisso que achamos estranho as brincadeiras de Tiago Leifert apresentando seu primeiro BBB. O Conversa com Bial com toda certeza foi um acerto da TV Globo em colocar Bial para vaga de Talk Show da casa.

21 de jun. de 2017

Lion (2016)


Lion é um filme simples, mas apesar da simplicidade o enredo é muito bem roteirizado. A história de um menino que se perde do irmão em um lugar distante (mais precisamente em uma estação de trem de Calcutá) e a saga de vida dele até ele ser adotado por uma família australiana é uma história fascinante e comovente. O ator que interpreta o personagem principal, Saroo, na fase criança é excepcional. Ele se chama Sunny Pawar, foi descoberto por uma produtora na escola onde ele estuda la na Índia. O ator da fase adulta já é conhecido nosso das telas do cinema o Dev Patel ele fez o filme Quem quer ser o milionário que foi seu primeiro filme de sucesso em hollywood. 

Lion tem um roteiro que não te deixa tirar o olho da tela. Todo o drama vivido pelo personagem Saroo da sua infância até a fase adulta consegue prender nossa atenção até o desfecho final. O filme é lindo, alguns mais sensíveis vão chorar e outros só vão ficar aliviados com essa história de sangue familiar.