A autora Shonda Rhimes, roteirista,
criadora e produtora executiva da série americana Grey’s Anatomy, consegue caminhar
entre todos os estilos de narrativa existentes em um texto, ela usa de artifícios
que outros autores nem se arriscam a usar, acho que esse é o diferencial de Grey's
Anatomy, ela consegue traduzir na tela o porquê ela escolheu aquele caminho
para o personagem e faz com que o telespectador acredite que aquilo é o certo.
Vendo esse lado na produção
televisiva americana, enxergo que para o brasileiro entender esse tipo de construção
narrativa vai levar um bom tempo. O brasileiro tem preguiça de pensar quando
está assistindo TV, mas isso não é culpa dele, novelas em ritmo arrastado, com temáticas
e estilos fáceis de entender foram empurradas para cabeça do telespectador
durante anos, o brasileiro ficou viciado no “Quem matou?”. Conseguimos perceber, que uma mudança mínima em
uma narrativa pode derrubar a popularidade daquele produto, observamos isso em
novelas do horário das 18h como “Joia Rara” e “Lado a Lado” duas novelas fantásticas,
com fotografia, cenário, roteiro, bem trabalhados, mas o grande público não
aprovou essa nova perspectiva de história. Isso é cultural. Infelizmente.
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