O tão aguardado “Programa da Sabrina”, nova contrata da Record, foi ao
ar ontem na emissora. E para a minha surpresa, Sabrina Sato também é boa
sozinha. Parece que os anos de televisão no elenco do Pânico ensinaram muito a
ela. A apresentadora conseguiu conduzir todo o programa como uma veterana faz.
O problema do “Programa da Sabrina” é o próprio programa e não a apresentadora.
Apesar de ter mostrado uma boa audiência e de ter deixado a Record em segundo
lugar, a gente consegue ver no programa aquele velho problema da TV brasileira
quando se trata de novidade.
Os programas brasileiros são engessados naquela mesma formula que
predomina os programas de auditório há anos, o “novo” programa de Sabrina,
lembra muito a época de Leão na Band ou de Adriane Galisteu na própria Record.
O programa foi dividido em o que eu posso chamar de 4 atos, e 3 quadros,
são duas horas e meia de programa divididos em 3 quadros, isso é muito
frequente na Record, programas longos com pouca criatividade. O primeiro quadro,
o que eu não entendi muito do que se tratava, mas pelo tom dramático da trilha
sonora, acho que era uma tentativa de transformar a Sabrina na nova Gugu. Outro
quadro era um de jogos entre casais, aquele que todos já conhecemos de qualquer
programa de auditório. E o último, era uma entrevista cansativa com o ator e apresentador
Tom Cavalcanti. A estreia contou com a presença da cantora Anitta.
Enfim, o programa nasceu
quebrado e está engessado, basta saber se toda a alegria e irreverência de
Sabrina vai conseguir tirar esse gesso e salvar o programa ou se a produção vai
preferir continuar na zona de conforto e não se arriscar em outras ideias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário